Fernanda Oliveira

Fernanda Oliveira
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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O SISTEMA

12 de julho de 2013. Todos fora de casa, trabalhando, estudando...
18:45h, meu telefone toca. Era minha mãe:
- Fernanda, o Flávio te ligou? Parece que roubaram a casa.
Eu já estava a caminho de casa. Imediatamente, meu irmão me liga:
- Nanda, arrombaram a casa. Cadê seu computador?
- Deixei em casa.
- Então levaram. Levaram também minha filmadora. A casa está revirada. A porta da frente, arrombada, amassada.
Entrei em desespero, mas pude me conter.
- Flávio, não mexa em nada. Deixe tudo como está. Já chamou a polícia? Chame e registre ocorrência. Deixe a cena do crime como está, não toque em nada.
Quando cheguei em casa, pude constatar a realidade dos fatos. Triste. A PM chegou, olharam, mas não é deles o papel do registro do B.O., mas fizeram a gentileza de me conduzir até à DP. Registrei o boletim, voltei para casa e, desde então, o sono se tornou mais leve e a sensação de impotência, insegurança, raiva, um certo medo, desconfiança, passaram a fazer parte da minha rotina. Não consegui, até hoje recuperar o que foi levado, a propósito, o meu notebook, minha fonte de renda extra, de trabalhos da universidade e, claro, arquivos pessoais, íntimos e

26 de novembro de 2013.
19:14h. O celular toca:
- Nanda, seu computador está com você?
- Não.
-Entraram aqui em casa denovo. Levaram a TV.
Mais uma vez - agora aumentada -, a mesma sensação de impotência, raiva, culpa, medo e necessidade de um plano. Novamente na DP, mais um B.O., mas não vai passar disso. Não sei a quem devo culpar: se a mim, se ao sistema, se às políticas públicas...
Até quando?