Não se pode afirmar que é impossível neste mundo “globalizado”
de meu Deus que estamos, ver situações assim, embora alheias a casos e casos e
casos e casos..... Em uma cidade grande, teoricamente civilizada (digo
TEORICAMENTE), pra nós, meros espectadores, é um caso no mínimo, absurdo. Isso,
claro, a nível de uma cidade onde as pessoas vivem num ritmo frenético,
trabalham, estudam, se divertem, convivem com diversas culturas, costumes e
pensamentos. Quer dizer, estão sempre muito ocupadas para dar atenção ao que
está em seu entorno, senão seu próprio umbigo; Deparar-se com casos como o que relato
a seguir “me deixam nervosa”, como dizia Ana Carolina. Provavelmente alguém aqui
assistiu ao Jornal Anhanguera 2ª Edição, que é sempre exibido de segunda a sábado
pela rede Jaime Câmara, filiada à Grobo aqui no velho Toca. Falo especialmente
do caso exibido sobre as belas manifestações de “solidariedade” praticadas
comumente nos dias finais de cada ano no que tange as festas natalinas (que aliás,
vou criticar mais tarde) e que foi veiculado hoje, seis dias antes do natal. Faça
as contas. Não tem haver, só pra exercitar a cachola, sair do ócio... J
Vamos ao caso: a galera do LACEN
(acredito que seja Laboratório Central de Palmas, da rede pública – depois pesquiso
direitinho) resolveu ajudar uma família com brinquedos, alimentos e blá, blá,
bláaaa... pois bem. Fiquei Cho-ca-daaaaa!! Rosa chi-cle-teeee (não pela atitude
louvável, mas pela situação). Também olho pro meu umbigo! Tiro por mim que
estou sendo hipócrita neste exato momento, uma vez que critico aos outros, porém,
faço o mesmo. Ótimo exemplo, Fernanda Oliveira!! Porém ainda, portanto e
todavia, voltemos à família: uma casinha popular linda de se ver, com menos que
40 metros quadrados e apenas QUATORZE PESSOAS e meia vivendo “dignamente” nela.
Espaço de sobra! Adooooro esse Brasil!! Lindamente
nossos políticos engajadíssimos nas causas da população lascada moram em palácios
luxuosos e olha eu, otária, cooperando com a lixeiraaaa, meu povo! Cortam gastos
e centímetros das míseras plantas baixas, pés direitos, espaço e conforto zero
km de esmola “dadas” aos pobres que os colocaram ali.... ai, posso estar
enganada, mas opinião sei que posso dar.... como sempre, quem vai ler o Blog da
Tia!! ? Quem pode me acusar da minha “liberdade de expressão”?
Revoltas à parte, a família comportada
naquela merdinha de casa situada em um dos bairros de periferia da city é nada
mais que uma bela expressão da realidade, mas..... escadinha??? O filho mais
novo, 9 meses de idade e outro de 3 meses no bucho!!! TREZE filhos, mais
precisamente doze e meio. Sim!!! Coisa mais linda de se ver!!! Provavelmente o/a
mais velho dos filhos, no máximo uns 14 anos...bom, enfim! Lindo de ver, sem ironia, as crianças tão contentes
com algo que jamais pensariam que o pai (desempregado, pra variar) pudesse oferecê-los
tão cedo e quem sabe nunca, pois sua ambição, cultura, modos e instruções talvez
não o permitam num raio de anos-luz adiante. Gente, não é maldade: realidade
nua e crua. Esse é o caminho do Brasil e o que fico mais puta é que... porra!! O
caminho desses pais é se sustentarem no velho clichê “As criancinhas são os
futuuuuuro do Brasil..!!” TREZE filhos,
cara!! TREZEEEEE!!! Fico doida!! Cadê os
agentes de saúde dessa região pra instruir esse povo a transar com responsabilidade??
O governo colabora para a não proliferação desencadeada da espécie! Anticoncepcionais
e preservativos são entregues de forma embutidamente gratuitas pagas por nossos
impostos na rede pública de saúde. Cadê a iniciativa, principalmente dos
meliantes? Fazer filhos é mais fácil pra engordar a conta do bolsa família? Tornou-se
um hábito, pelo visto. Deus, ilumina esse povo! O SUS funciona pelo menos
nisso, quando falo de prevenção. Semana passada tava uma galera da Saúde do município
com um mural super-colorido de preservativos (e gel lubrificante) lá na
faculdade e tenho certeza que uma porcentagem iria virar balãozinho de boate de
playboyzinho/patricinha pra fazer
gracinha....
Enfim novamente, esse caso me
chamou a atenção e me mostra o quanto vivemos num mundo cheio de oportunidades
e nos acomodamos. A velha historinha da carochinha: Casa de ferreiro, espeto de
pau. Outra frasesinha bem conveniente seria “A gente só dá valor depois que
perde”. Normalmente é assim. No dia que a molecada crescer e a tia Dilma não puder/quiser
mais pagar pelo serviço de rodar o bolsinha família é que vão despertar pra
vida... um pouco tarde!
Eu já fui covarde o suficiente pra ter medo de
enfrentar as coisas novas que viriam pra mim. Por não conhecer, me reprimi e
por pouco desisti antes de começar. Regra de vida, tem mais que meter a cara,
sem medo de ser feliz. Recado dado. Depois critico os natais solidários, está
na ponta da língua. Até mais, quem for
paciente em ler este blog babaca.... me alivia profundamente as insônias e ânsias
que sinto o tempo todo, energia a 1000 watts de potência.
Como adoro citar trechitos de músicas
e como já dizia Joelma “Tchau, goodbye pra você”..
Bye, obrigada pela paciência e
pela companhia!