Fernanda Oliveira

Fernanda Oliveira
ou Tia!

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domingo, 4 de setembro de 2016

E-le-i-ss-õ-es

        Finalizando mais um plantão e realizando os procedimentos para a troca com os colegas, vi chegar a moça que realiza a limpeza do nosso ambiente de trabalho.  Me cumprimentou com um bom dia esmaecido - afinal era Segunda feira - e sobrepondo-se ao som no do forró que ouvia em seu celular (nada quisto pra mim quanto ao volume,  textura,  tom e afins), me obrigou a ouvir mais essa:
- Muié... e "essas eleição tão" ruim, né? A gente "num" vê movimento "nas rua", nem nada...
- Eu acho ótimo!  Ainda não vemos muita sujeira nas ruas... - respondi, já querendo ir embora - ... e a gente sofre menos com a poluição visual, horário eleitoral... enfim!  Parece que até começou mais tarde dessa vez, né?
- Pois é... tá ruim demais essa política!  A gente nem ganha mais nada!  Nem gasolina pra colocar na moto. ..nammm...tá ruim demais!  Antigamente eles "dava" gasolina e até agora nada!
          Apesar de saber que essa situação existe, confesso que fiquei sem saber como agir, pois fui tomada por uma surpresa diante desse relato. Apenas bati em retirada, não antes de desejá-la uma ótima semana.
          Talvez tenha me acovardado por não reprimí-la e tentar "abrir" sua mente, mas no fundo achei inútil. Como abrir um debate sobre um assunto tão recorrente  com uma pessoa que se mostra tão limitada? E ela é só uma representante da fração ínfima diante da multidão de eleitores que se prestam a vender seus trinta segundos a peso daquilo que evapora, do tijolo, do cimento e da cesta básica, que dura até um mês na despensa, coisa que um mandato não vai recompensar o voto trocado por mais 48 iguais. É isso dá direito ao eleitor de ir cobrar de seu feliz candidato na câmara municipal, assembléia,  prefeitura,  palácio do governo.... outras cestas e é justamente nessa hora que o eleitor se vê obrigado a indicar um profissional para o pobre político, seja um psiquiatra,  neurologista... o pobre (político) sofreu uma grave crise de amnésia!
          Sou uma mera espectadora, vendo essa lama podre impregnar cada vez mais um número impreciso dos eleitores brasileiros que não pensam a longo prazo.            Mas agora nos deparamos com outra questão: após o pleito eleitoral, posse, execução e as possíveis (quase corriqueiras) aparições dos bastidores negativos desse processo, há quem aponte o dedo na fuça do eleitor e o acuse de coisas do tipo: "Bem feito! A culpa é sua de votar errado"!
          Digam-me, acusadores: Como faço para votar no candidato certo? Minha bola de cristal não veio com capacidade de previsão divina.
          Tenho certeza que muitos realmente entram ali com o desejo latente de fazer a diferença. Mas existe uma pedra no meio do caminho e muitos não dispõem de desejo de pulá-la. E ela pode ter vários nomes: poder,  dinheiro, fama,  prepotência e afins. 
            Uma dica de uma leiga: não comece compactuando com aquele que lhe oferece R$50, R$100, um tanque de combustível,  um milheiro de tijolos, sacos de cimento ou qualquer coisa do tipo em troca de um único voto. Um único voto tem um valor que você não calcula.  Pra você, eleitor, o único esforço que você faz em troca disso é se deslocar de onde estiver, num domingo de outubro, para enfrentar uma fila e finalmente estar frente a uma urna eletrônica por uns trinta segundos e se retirar, até que precise retornar dois anos depois.
O trajeto desse domingo é pouco e totalmente confortável,  se for comparar com o que você recebeu como forma de compra do seu voto. .... E na segunda feira a gasolina da moto acaba, o tijolo ainda vai estar empilhado, esperando você poder comprar o cimento (já que o pacote não veio completo), ou o cimento vai ficar esperando o tijolo até que você possa comprá-lo (cimento vence em 90 dias) e sua cesta básica já vai ter sido totalmente consumida.

PENSEM!

          E quero dar-lhe meus sinceros Parabéns!  Você  acabou de ler mais um texto solto na web sobre a corrupção do Brasil, especialmente sobre eleições.  Não precisa especificar se municipais, estaduais/ federais.  O procedimento é o mesmo.

          Como disse o Faustão "a roubalheira existe desde Cabral".

E a culpa é do Cabral.

(e para que este texto tenha autora, lhe apresento eu mesma: Fernanda Oliveira - Palmas, Tocantins.  04 de setembro de 2016).

segunda-feira, 9 de março de 2015

364 dias.

Uma das coisas que os 3.0 me proporcionaram foi acreditar que sou uma mulher pseudo-madura. Parece até que esperei a vida inteira pra chegar nessa fase, que está sendo a melhor que já passei até então. Ser dona do próprio nariz não tem preço; entrar e sair quando quiser sem precisar dar satisfação a muita gente, tem um valor imensurável! O melhor de tudo é conseguir se comparar a si mesma entre o agora e há dez, cinco, um ano  atrás - e ainda mês passado fiz mais uma merda que ainda não estava registrada em cartório. Quer dizer: evolução constante. Um dos melhores aprendizados foi mensurar o controle sobre certos sentimentos, em detrimento de minha própria felicidade; também a não assumir - sempre - os problemas alheios e esquecer que também preciso serrar minha unhas e entupi-las de esmalte; também a me olhar no espelho e não ter vergonha de sorrir para os meus próprios dentinhos tortos; também a adotar uma coisa que só eu tenho, porque decidi que sou exemplar único em toda a face da terra (minhas digitais comprovam). 
Enfim e então...
E não estou escrevendo essa asneira toda porque ontem foi o dia da mulher. Eu não vivo morta por 364 dias no ano, pra ressuscitar só no oito de março! Bobagem! Tramoia do capitalismo...
Só escrevi porque deu vontade mesmo!

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Carnaval da Paz

A Prefeitura de Palmas lançou uma modalidade de  carnaval totalmente fora dos padrões.  Houve quem reclamasse e houve quem defendesse.... Enfim!  Nem Cristo agradou a todos! 
Graças às mídias sociais,  acompanhamos,  em tempo real,  como estava sendo o "circuito da folia" e nos deparamos com um belo resultado (já obviamente previsto).


Moro em Palmas há dezenove anos e até onde sei,   é a primeira vez que eu vejo notícias tão positivas sobre o carnaval na cidade. O mais difícil será acostumar o povo a aceitar essa idéia de "carnaval da paz",  literalmente. Tomara que Palmas Seja esta referência e que se torne,  sim,  O Diferencial, já que o carnaval,  no Brasil,  é comemorado com uma só lógica. Não consigo entender ainda porque tanta gente se opôs à iniciativa da prefeitura. Depois vêm reclamar da superlotação nos hospitais,  superlotação em presídios e quiçá,  nos cemitérios.  Não está legal,  até agora,  o resultado prévio deste carnaval?  Não está legal que muitas mães não tenham perdido seus filhos?  Que muitas esposas não tenham perdido seus companheiros e que muitos filhos não tenham perdido seus pais?  Acho que esta é a chance de o carnaval do interior do estado ganhar a chance de crescer - e que seus prefeitos também enxerguem nisso,  a nítida oportunidade - embora a arrecadação no município de Palmas tenha uma queda em relação aos carnavais ( quando existiram) anteriores, será proporcional ao que seria gasto com manutenções de equipamentos públicos, danificados pelos vândalos-foliões.  Estamos no lucro.

sábado, 14 de junho de 2014

Só falta a cartinha de amor!



Esse é UM DOS problemas do trânsito de Palmas. O palmense - que já conhece como funciona - tem receio de atravessar a faixa para sua SEGURANÇA. Quem é pedestre, tem medo de sê-lo. A violência do trânsito de Palmas é impune. Bater na tecla repetidamente, não resolve - exceto se uma autoridade for a vítima. Não adiantam campanhas ridículas de fantasias de Halloween  pra justificar o dinheiro "aplicado", se não se desviar esse investimento para uma fiscalização eficiente. 
Exemplo? Nunca vi um pedestre atropelado em Brasília! Uma capital federal, onde o  trânsito é infernal em razão do excesso de veículos circulando constantemente, (principalmente nos horários de pico), talvez tivesse um número maior de incidências desse tipo. NÃO TEM! Sabem que nome se dá a isso? EDUCAÇÃO! Os motoristas em Brasília foram lapidados a ferro e fogo, já que antes de tudo ser bonitinho, também existiu uma era de incompetentes apressadinhos, ignorando regras pra saciarem "suas necessidades imediatas". Chegar logo, chegar cedo ou estar atrasado... Ínfimos minutos que não podem/devem justificar a imprudência, a irresponsabilidade com a vida. Isso acabou - alguém me disse, um dia, porquê e como -, quando alguém teve a brilhante ideia de INTENSIFICAR (ou instalar) a fiscalização e PUNIR aqueles transgressores. A punição chegava em forma daquela cartinha de amor, que pesava no bolso do infrator. Pesou no bolso, pisou no freio! Hoje em dia, antes mesmo de você chegar na faixa de pedestres em Brasília, educadamente o condutor para (pára - maldita lei ortográfica!) para um pedestre.
Palmas passa mais uma vez por essa situação. Já ouvi falar de outros casos de vidas ceifadas pelo maldito egoísmo de alguns condutores cheios de suas razões. 
Um pedestre-cidadão
cumprindo com suas responsabilidades, 
que lhe deveriam permitir 
estar do outro lado da via, 
caiu por terra 
antes de chegar na guia...

DIREITO DE VIVER!
DIREITO DE IR E VIR!
DIREITOS E DEVERES!
PUNIÇÕES!

FIS-CA-LI-ZA-ÇÃO! 

domingo, 25 de maio de 2014

Essa taça num é nada (....?) do nosso amô!

Mais uma noite torridamente fria e cravada de muriçocas, gatos e sirenes, sem contar os insuportáveis funks, sertanejos e, pra salvar a lavoura,  um bom brega, à moda do velho Rossi - talvez a única audível.
Sol raiando e pura sorte foi a minha em conseguir carona daquele fim de mundo para a realidade mórbida e cemitérica do centro, em manhãs de domingo - agora com um sol escaldante às sete e pouco. 
Alto lá! Mórbida sim! Isso, até entrar em um "coletivo" (em outras regiões do país, também conhecido como busão, transporte coletivo, transporte público) e rezar para chegar com todas as partes do corpo coladas ao mesmo.
Muitos trabalhadores de plantões noturnos chegando ao fim de mais uma jornada e rumando para seus devidos lares, acusados pela envergadura de suas mochilas (acessório obrigatório aos membros da classe). O bus engorda a cada ponto que ingere mais passageiros e é onde começo a observar ( e tentar entender) como se comporta o ser humano no meio "coletivo".
Uma situação me chamou a atenção, fiquei focada, então. Uma mocinha de aproximadamente 25 anos, trajando calça jeans, blusinha colada ao corpo, sandalinha rasteira nos pés e uma bolsinha tímida - mania maldita de mulher, observar detalhes das outras pra saber até quanto ela é superior à outra (homens, não se enganem! Mulher veste-se para outra e isso não quer dizer necessariamente ser homossexual...hahaha) -, mas não foi essa a "curiosa situação" que me chamou atenção. Ela estava paradinha, em pé, segurando-se ao varão do bus, quando um cara se aproximou, aparentemente travado:
- Bora comigo!
- Não, não vou! Já te falei pra me deixar queta! Rai timbora, vai! - (tradução: Vá embora, vá!)
- Então toma essa taça! - (??)
- Num quero não, rái timbóra, me dêxa!
- Essa taça num é nada (....(parte que ouvi, mas não entendi)) do nosso amor!
- Num quero essa taça não! Leva ela pá tu!
- Mas eu te amo! Fica com essa taça!
A bichinha virou a cara pro outro lado e não deu mais atenção pro bofe apaixonado e bebaço. Ele desceu no próximo ponto. Levou a taça embaçada pelas digitais,  provavelmente impregnadas pela gordura do espetinho que ele comeu na noite anterior, ou do churrasco gorduroso da festa de onde vinha, além da baba de mais de uma boca que bebeu apaixonadamente a breja ou Cantina da Serra, enquanto o amor durava.

Nada mais a declarar.













domingo, 27 de abril de 2014

"personalidades"

Adoro fotografar e, embora seja amadora, quero compartilhar um pouco do que fiz em uma viagem recente, no interior do Pará.






































sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O SISTEMA

12 de julho de 2013. Todos fora de casa, trabalhando, estudando...
18:45h, meu telefone toca. Era minha mãe:
- Fernanda, o Flávio te ligou? Parece que roubaram a casa.
Eu já estava a caminho de casa. Imediatamente, meu irmão me liga:
- Nanda, arrombaram a casa. Cadê seu computador?
- Deixei em casa.
- Então levaram. Levaram também minha filmadora. A casa está revirada. A porta da frente, arrombada, amassada.
Entrei em desespero, mas pude me conter.
- Flávio, não mexa em nada. Deixe tudo como está. Já chamou a polícia? Chame e registre ocorrência. Deixe a cena do crime como está, não toque em nada.
Quando cheguei em casa, pude constatar a realidade dos fatos. Triste. A PM chegou, olharam, mas não é deles o papel do registro do B.O., mas fizeram a gentileza de me conduzir até à DP. Registrei o boletim, voltei para casa e, desde então, o sono se tornou mais leve e a sensação de impotência, insegurança, raiva, um certo medo, desconfiança, passaram a fazer parte da minha rotina. Não consegui, até hoje recuperar o que foi levado, a propósito, o meu notebook, minha fonte de renda extra, de trabalhos da universidade e, claro, arquivos pessoais, íntimos e

26 de novembro de 2013.
19:14h. O celular toca:
- Nanda, seu computador está com você?
- Não.
-Entraram aqui em casa denovo. Levaram a TV.
Mais uma vez - agora aumentada -, a mesma sensação de impotência, raiva, culpa, medo e necessidade de um plano. Novamente na DP, mais um B.O., mas não vai passar disso. Não sei a quem devo culpar: se a mim, se ao sistema, se às políticas públicas...
Até quando?

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Enfim...

Então.... É a isto que denominam  "realidade"?

Muito vasta,
Porém, muito ligeira!

Ontem,
acordei com seis anos de idade;
Hoje -
estranhamente - com 30.

O que houve?
Nem dormi tanto assim!

Tive muitos sonhos,
Enquanto isso...
Neles, aprendi centenas de coisas,
Conheci muitas pessoas,
Vivi diversas realidades,
Senti inúmeros tipos de dores,
Tive sensações estranhas,
Porém, gostosas de se sentir!

Aprendi o que meus pais não me ensinaram;
Aprendi coisas ruins,
Aprendi coisas boas,
E foi bom
Porque eu soube discernir, entre eles, qual caminho seguir.

Descobri o que significa, enfim, ter amor próprio;
Descobri que nunca é bom dar um passo maior do que se pode dar;
Descobri que existe o perdão;
Descobri que existe o ódio supremo;
Descobri que nem sempre as pessoas que estão no seu convívio, são aquelas que te darão a mão quando você estiver à beira do precipício;
Descobri, com isso, que ainda vale a pena acreditar no ser humano e não buscar a generalização dos fatos;
Descobri o que é ser traída;
Descobri, inclusive,  o que é trair;
Descobri o que é ser julgada;
Descobri, por outro lado, que sou capaz de julgar também;
Descobri que sou boa;
Descobri que nem sempre sou boa;

E  por fim, descobri que não sei nada e tudo o que penso ter descoberto, alguém veio antes de mim e provou o mesmo sabor!!

Era apenas o óbvio.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Nota zero

Na escola, em torno do sétimo ano do ensino médio, a professora de português (aula de redação), propõe a criação de um texto onde cada um deveria abordar o seguinte tema: 

O que você espera da vida?

A redação deveria conter 15 linhas.
A resposta foi simples, clara (com tons negros) e objetiva:

A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.
A morte.


A nota da redação: ZERO

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Lerê-lerê!

                Desde criança, lembro deste trecho "(...) vida nova; novos colegas também. Mas eu prometo: este ano, eu não vou emprestar minha borracha". Era um textinho de um livro didático de português, naqueles capítulos em que você aprende a interpretar textos - ou, pelo menos, tentam lhe enfiar, massa cinzenta adentro. Agora, pesquisando no Tio G (para os íntimos. Tradução ao pé da letra: Tio Google), descubro que estão encaixados nos versos de Pedro Bandeira, intitulado "Promessas".


           Se for dosar pela interpretação, posso afirmar que se trata de amadurecimento. O personagem, possivelmente, passou por alguma situação que lhe trouxe um trauma e que, em seu novo período letivo, novos colegas e novos rumos, aprendeu que, se se empresta sua borracha, ela não volta. Para ele, um valor sentimental, enquanto que, para quem a tem/teve emprestada, não passa de uma simples borracha de apagar. Deve estar num canto, jogada. 
             Assim é nossa vida.
           Quando a casa é de ferreiro, há grande chance de seus espetos serem de pau - mas se sente falta do espeto de ferro -. Ainda assim, a comodidade nos obriga a termos madeira, em lugar de metal.

          Escolhi "Promessas" porque sempre lembrei deste trecho na minha infância até agora e  até para fazer uma correlação, para dar introdução à minha mais nova fase: dona de casa (não necessariamente nessa ordem. Consideremos ser "chefe de família"). A vida é uma escola e estou cansada de ouvir isso. É tudo verdade! As pessoas ou coisas que fazem parte dela, podem não fazer daqui há pouco ou podem até continuar, lhe assistindo a largos passos. Tudo muito finito. A professora, os colegas de aula, a borracha que alguém tomou emprestada e não devolveu. Assim fazem com nossos sentimentos, subestimam nossas capacidades de amar, acolher, adorar, magoar, horrorizar, enfrentar o novo, descobrir-se diante das mais adversas situações, por mais complexas que pareçam. Entrar em uma nova escola, a esta altura do campeonato, será um desafio, porém, não impossível. Administrar uma casa, cuidar das finanças, da segurança daqueles que estão sob sua "tutela" (já não são crianças), fazer a lista de compras, calcular, cuidar das despesas, distribuir tarefas... enfim, fazer a máquina funcionar!
          Agora é a hora de acordar e levantar a cabeça. Se já me sentia madura, terei que drenar minhas energias para este caminho constantemente. Em outras palavras, ser mais que isso.
           Algumas coisas acontecem e a gente jamais prevê. 
           E eu não previa (não, tão cedo!).
         A chefe da família, minha mãe, está tomando seu rumo. Ela é - sempre será - o esteio. Ela é aquele ferreiro, o dono da casa. Os filhos (alguns,  mais passivos), os espetos de pau. Vão aprender a se lapidar e conseguirem o milagre da transformação madeira => metal.
         Ela estava buscando. 
         Desistiu. 
         Encontrou. Agora.
         Agora vai, com todo desejo e vontade de caminhar lado a lado com sua felicidade. 
         Totalmente merecida. 
     Eu, a filha-coroa, assumo, a partir de agora, as rédeas da carroça. Nada alarmante. Apenas... Novo!

sábado, 20 de julho de 2013

G1.com/tocantins

Poizé!!
Agora somos chiques e em rede mundial!!
Ouvi na TV, nesta semana, que a TV Anhanguera, afiliada da Globo no Tocantins, vai ter seu braço no G1. Tanto quanto em notícias, quanto nos esportes, mais especificamente no Globo Esporte. Galera, não é desdenha, é constatação da realidade. Nem é tanto uma crítica - mas parecendo ser - lhes pergunto, caros leitores: A TV Anhanguera vai postar notícias, as mesmas que informam na tv aberta?? Tenho medo.
Medo de passar pelo constrangimento de ter aqueles assuntinhos corriqueiros e previsíveis. Exemplo: Bronca da Comunidade - o carro que recolhe os lixos das residências,  estabelecimentos e órgãos públicos não tem passado com regularidade. Esse assunto ficou chato, pelo tanto exagerado com que foi abordado nesta semana. Ora, para tudo, se tem uma explicação: se o assunto foi "amplamente" abordado por tanto tempo, significa que a cidade é recheada de casos interessantíssimos, é dinâmica e o seu mais grave problema (falha temporária da coleta de lixo), foi realmente enfatizado com a maestria que merece!
Outros bons exemplos para chacotas são: períodos chuvosos. Já sabem, né, danadinhos! Isso mesmo!! Buracos, enchentes na Teotônio (que, escandalizados pela mídia local, parece tragédia da natureza, de resultados desastrosos - com desabrigados, inclusive) e lamaçais onde não há pavimentação. E nem falo dos bairros de periferias, hein!
Olhando-se por outro ângulo, de pólo positivo, se não fosse por essas coisinhas banais e previsíveis, nossos direitos como cidadãos não seriam nem pensados a executar. O marajá iria permanecer de bunda colada e o cafezinho quente sobre a mesa.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

É Fan-tás-ti-cô!!

A programação da Grôbo hoje, se resumiu em notícias sobre os diversos protestos pelo país.
Ã??
Pelo país??
Onde está Palmas, na programação?? Se ocorreu, não assisti. Não assisti nem mesmo ao Jornal Anhanguera e, se passou, me desculpem. Não vi mesmo. A emissora se ateve somente a algumas localidades no país e ainda atrapalhou "minha novela" e nosso jornal. Seria ele, então, o único a  estar nos informando a que pé estariam os nossos protestos. 

Palmas só é significante para a mídia nacional, quando querem mostrar as merdas dos bastidores. Só escândalo: 

- Prefeito sendo investigado pela PF desde a primeira campanha política para eleições municipais, acusado de corrupção. O cumpanhêro: nada mais, nada menos que o glamouroso Carlinhos Cachoeira; 

- Ex-MOTORISTA do senado federal, aposentado por invalidez, ganhando só 20mil reais por isso e depois, trabalhando por um ano em Palmas, pela empresa de saneamento do estado e um belo cargo de diretor, com 18mil reais apenas por mês e hoje, continua trabalhando,  vendendo carros de luxo; 

- Quadrilha que vende barato pela internet, recebe por isso, não entrega a mercadoria. Levam vida de luxo, pagam passeios de helicóptero pelo Rio de Janeiro, montam vídeos fazendo arruaça com grana viva, casas e carros de luxo. 

É Fan-tás-ti-cô-cô!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Descanse em paz

          Enfim... tudo tem um fim... Até mesmo aquele que pensamos "Não terá fim".
          Acabou a era do programa de bate-papo online mais utilizado no world. 
         Estou em profundo luto, gostava muito dele. Muito mesmo. Nossa relação era sólida e fiel, ele atendia (quase) todas as minhas necessidades, era parceiro mesmo! Tudo bem, muitas vezes chegou a me atrapalhar em algumas situações tipo... o vício! 
        Enfim. Tudo tem fim...

       Minha homenagem singela. Minha singela homenagem.



terça-feira, 14 de maio de 2013

Datas

      Fico imaginando como existem datas comemorativas tão inúteis. Comemoração instiga felicidade, ou pelo menos nos faz acreditar que deveria ser feliz...
      
      Quem passou pelo dia das mães, mas não tem uma mãe, por exemplo, provavelmente quis se enforcar. E agora, em menos de um mês, mais uma data "comemorativa" inútil, irritante, deprimente, terrível, asquerosa, gosmenta, fútil, babaca, idiota (e tudo o que for de chato, inútil, irritante, deprimente, terrível, asqueroso, gosmento, fútil, babaca e idiota).
      Quem vai comemorar o quê?
      Vou me dopar.
      Quero dormir no 11 e acordar no 13.

Dom

As palavras...

Sempre Fênix,
Nascem do cinza.
Omissas.
Vida própria,
Autoescrevem-se.
Morrem
Ou
Não morrem
Nas entrelinhas.

Além da minha condição física,
Uma matéria vil - dizem -
É pó que já foi pó...
E vira pó!
Meu pó é rico.
Caro.
Não se vende
Por uma única palavra
Que não seja
Sim.
Ou
Não!
A bifurcação,
A decisão,
O livre arbítrio,
O acertar,
O errar,
O falar,
O calar...

Calando-se,
Simplesmente
Não superam o pó.

M
O
R
R
E
M
.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Acabou na pizza

          Fico observando como a vida exterior é dinâmica. Ficamos presos num mundinho micho e tão necessário e lá fora as coisas continuam acontecendo dentro do seu percurso natural. Ou não. Trabalho(s), estudos, diversão, lazer. Caminhos rotineiros, dentro do contexto da mesmice à qual nos submetemos.
          Gosto de relatar coisas - por vezes - simples, porém, interessantes. 

          Dia das mães. Quis quebrar a rotina de minha mãe e minha tia, que está passando uns dias conosco para apoiar minha velha enquanto se recupera de uma cirurgia.   Fizemos o óbvio, mas não pra elas, que nem se permitem a tamanho "luxo". Desde cedo havíamos marcado para irmos ao shopping. Elas precisavam se sentir bonitas para tal. Eu, claro, tive que colocar em ação alguns dos vários dotes autodidatas para tornar isso real. Não podia recusar. Meu íntimo me assombraria a consciência mais tarde. Melhor não deixar de fazer. Transformei-me na designer de sombrancelhas, manicura,  pedicura e arrasadora de pêlos (ou pelos) "buçais". Pronto! Todas lindas e felizes. Passou o almoço. Alguém foi pra cama puxar um ronco. Acordou-se algumas poucas horas depois e eu insisti que fôssemos passear. Meio a contragosto, resistindo como um bichinho selvagem, mammi começou a se arrumar. Nem precisava de tanto, já é linda por natureza!
          Saímos no início da noite e esperamos por mais de meia hora que viesse uma Mercedes Benz com seu devido chofer. Não fosse por alguns momentos de confusão ou lapso (alguns momentos por dia ocorrem, o que não quer dizer exatamente que sou desatenta), olhei errado o horário em que passaria nossa condução.  Adiantamos ou atrasamos  um pouco, revelei.   Mas outro plano entrava em ação. Pegar um táxi quando descêssemos. Chegaríamos ao shopping.  Geralmente meus planos mirabolantes funcionam.
Passeamos pelo shopping (um outro marasmo), lojas fechadas e só o cinema e a praça de alimentação funcionando. Quis muito estar com elas no cinema, mas se recusaram a assistir "A Morte do Demônio" ou "O Último Exorcismo Parte II"... Nem mesmo a  "Somos tão Jovens", que estava mais pertinho! Praça de alimentação era a última jogada. Chopp, suco, pizza, petit-gateau e eu engordando mais dois quilos (amanhã, dobradinha no aeróbico).  Satisfeitas, pizza para viagem e rumamos. Táxi, estação, o mesmo chofer, a mesma Mercedes.  Olhava em um arquivo no celular os horários das  Mercedes e calculava qual compensaria mais em termos de tempo hábil. Nos mantivemos ali mesmo, compensaria a espera de vinte minutos. Vinte minutos intermináveis. Enquanto cabisbaixa e concentrada na pesquisa, um homem se aproximou de minha pizza:
- É pizza isso aí?
- Sim, senhor!! É pizza sim! - respondi.
- Posso comer?
- Pega, meu filho!
         Olhei bem para a cara do sujeito. Maltrapilho. Um boné sobre outro na cabeça, uma camiseta manga curta sobre outra de manga longa. Nas mãos,  uma lata de cerveja e uma garrafa para água mineral cheia de água que não parecia ser mineral, mas também não parecia ser qualquer outro líquido incolor suspeito. Alguns minutos atrás, aquela pizza era  uma grande e bela pizza com dez pedaços, quatro destes antes devorados por três mulheres famintas (só comi um!).
         Voltando ao assunto...
         O jovem maltrapilho apoderou-se da caixa de papelão oitavada, jogou sua tampa em qualquer lugar no chão e não necessariamente degustou o seu conteúdo: engoliu. Ele estava com muita fome, nem devo supor, "estava escrito"!
          Eu não me senti no direito de contrariar aquele pedido tão espontâneo e verdadeiro. Primeiro falou mais alto o meu instinto humano-feminino, depois a rápida conclusão que tirei ao observá-lo. É como você estar sendo assaltado e ser obrigado a não reagir, mesmo contendo o desejo. Foi assim que me senti. E assim ficou.  Uma senhora ainda aproximou-se do rapaz e também o pediu um pedaço de pizza. Ele resistiu um pouco, mas cedeu. Quando parei para observá-la, vi que se tratava de uma dona que me surpreendeu há uma semana atrás em uma outra estação,  enquanto eu me dirigia  ao trabalho, pois virei sua nora e mãe de seus netos e eu tinha até um nome próprio e que eu não sabia, o que me deixou profundamente confusa, pensativa revoltada: "Será que fui trocada na maternidade"?
       Compartilharam aquela pizza que talvez fosse a sua primeira e única refeição do dia. Ele simplesmente limpou o recipiente que trazia a guloseima. Arrotou nojentamente diversas vezes. Parou ao meu lado e ficou me olhando firmemente, o que me fez ficar bem atenta a qualquer reação atípica que ele esboçasse, mas sem encará-lo.
          Finalmente ouvi o tão sonhado ronco do motor e fiz minhas mulheres entrarem primeiro, de modo a deixá-las seguras. Nos acomodamos. Lá fora ouço um barulho de algo pesado tocar bruscamente o chão, seguido de um gemido grave. Ninguém perto. Fiquei apenas chocada, era o que me restava, uma vez que os primeiros metros já estavam sendo percorridos rumo ao nosso destino. E o destino daquele jovem... Bem, eu não sei, mas confesso ter ficado preocupada.
          Tomara que alguém tenha tido o mínimo do bom senso, já que somente por muita sorte uma pessoa instruída em primeiros socorros e/ou com um pouco de humanidade no coração possa tê-lo livrado do pior daquele ataque epilético.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Pureza

                 Outro dia estava aqui no meu trabalho. Compenetrada. De repente ouço no corredor uma voz infantil, cantando uma música que eu ouvia na minha infância. Parei e prestei mais atenção - por um momento pensei que fosse um engano - e realmente era aquela que eu ouvia quando tinha a idade dela:


E aquela vozinha foi-se, definhando pelo corredor. Não resisti, cheguei a comentar com a colega do lado:
- Quem será que está cantando esta música? Nossa, eu tô impressionada! Agora quero saber quem está cantando esta música! Eu ouvia quando era pequena!". E fui.
Uma garotinha de pés descalços, porém bem trajada estava brincando sozinha, já rolando pelo chão. Claro que deduzi que poderia ser ela a dona daquela voz, uma vez que não é comum crianças no ambiente de trabalho:
- Oi! 
- Oi! - respondeu meio tímida.
- Você quem estava cantando aquela música? Onde você aprendeu?
- Ah, é a música do Carrossel! - e repetiu a estrofe, cantando.
- Você sabia que quando eu tinha a sua idade eu também cantava essa música? Ela já é bem velha, sabia? Eu fiquei impressionada com você cantando e quis saber quem era! Qual o seu nome?
- Vitória! - falou cabisbaixa, esboçando timidez.
- Nome lindo, Vitória! Pois é! Só quis ver aqui quem era esta cantora! A tia precisa trabalhar agora. Beijos!
Meia hora depois chega Vitória, em minha mesa:
- Você sabia que amanhã é o meu aniversário?
- Sério? Oba, que bom! E quantos aninhos você vai fazer?
- Seis!
- E vai ter bolo? Tem festinha?
- A minha mãe não disse! - e saiu.
No dia seguinte, ouvi as palmas na sala ao lado. Alguém estava ficando mais velho. Ou como dizem os velhos (sempre chatos) clichês, "colhendo mais uma flor no jardim da existência..."
Vitória veio, mais tarde, novamente em minha mesa: 
- Hoje é o meu aniversário!
- Ôbaaaa!!! E a festinha? - deduzi pelas palmas minutos atrás.
- Minha mãe fez uma festinha pra mim com os colegas dela!
- Que bom, Vitória! Então meus parabéns! - levantei-me para um abraço. E Vitória saiu, não antes de me oferecer um pirulito, o que a fez vir até minha sala.
Hoje, do nada, ela chegou. Caladinha. Escondia uma das mãos nas costas. Esticou-a rapidamente e estendeu em minha direção. Trazia primaveras colhidas em algum lugar perto ou cedo, pois estavam viçosas e radiantes. Fiquei emocionada. Levantei-me da cadeira atrás da mesa e a abracei, agradeci e intencionalmente deixei uma marca de batom na face, tipo marquinha que toda criança sonhava à minha época. Prometi conseguir um lugar para colocá-las para que ficassem vivas por mais tempo.

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Há pouco ela esteve aqui novamente. Mostrei que tinha posto o presente num "jarro". Novamente - do nada - ela soltou:
- Eu já tô indo pra escolinha! Já  aprendendo as palavrinhas! 
- Sério? E que palavras você já aprendeu?
- Aprendi picolé, chocolate, - comecei a rir - jacaré, jabuti, tartaruga...
- Mas tartaruga é muito dificíl pra você aprender ainda! - interrompi.
- Quando você era pequena você fazia escolinha?
- Sim! Fazia sim!
- Você cantava musiquinha?
- Cantava!
- Você sabia essa música?
"O filhote da coruja
É feinho de doer
(...?)"
- Lembro um pouco dela, mas não sei mais cantar!
Enfim... Vitória começou a cantar, inventar (quando não se lembra a letra) e, do nada, mais uma vez, saiu.

Acabou o expediente.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Despeita ou Racismo?


Hoje descobri uma coisa que vai mudar a história da sociedade humana.
Descobri que não é RACISMO - este foi apenas um nome bonitinho que inventaram pra maquiar DESPEITA.

Estou falando dos pretos, negros, negrinhos, crioulos, tições, azuis... São estes os adjetivos formais/apelidos que são dados às pessoas desta raça. Raça, aliás, que possui propriedades incríveis e que muito branco paga pau.
- Os pretos têm, comprovadamente, uma resistência física superior, fora do comum;
- Os pretos dispõem dos dentes mais perfeitos e branquinhos, os sorrisos mais bonitos;
- As mulheres pretas têm bundas e pernas invejáveis e pasmo: elas não precisam ir à academia para cultivá-las;
- Os pretos têm as melhores vozes na música. Tanto é que se uma Adelle, Amy Winehouse, Christina Aguilera soltam aqueles belos vozeirões, são comparadas às vozes negras;
- Por fim (não menos importante), os homens negros dispõem dos maiores membros sexuais, segundo algumas pesquisas... (...?).

Vai dizer que não é despeita??

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O Mocinho que virou Vilão

                   Resolvi perder alguns minutos do meu precioso tempo para abordar um  assunto em alta (literalmente): o preço do tomate!

                Como uma forma de protesto, o brasileiro utiliza de sua criatividade para demonstrar sua indignação - de uma forma bem humorada - diante da inflação exagerada do valor desta fruta, que já foi comumente utilizada sem distinção por todas as classes sociais.                   Não é exatamente assim agora.

                   Reuni aqui algumas sátiras.  Falam mais que mil palavras.


(Imagens encontradas em redes sociais e pesquisa Google sobre o assunto)