Bombardeei
a Crackolândia!!!
Não, gente! Não dá para
ignorar uns “erros de projeto” das novelas da Record. Já não gosto e quando vi
a cena que acidentalmente acabei de
assistir de “Vidas em jogo” traz uma espécie de Ctrl+V da Grobo e nem posso
destacar em quê, especificamente: os atores são importados mas não parecem ter
a mesma desenvoltura - deve ser porque perderam o título de “globais”; Os temas
são parecidos.... por compensação os diretores parece que não.. enfim! Voltando
a UMA das cenas: a primeira coisa que observei foi a forma com que os
personagens se comportam numa sala de estar: numa casa onde todos convivem
todos os dias, provavelmente por serem da mesma família, não tem necessidade de
sentarem-se no sofá com a coluna tão ereta, com tanta elegância e formalidade e
observem que de quebra sempre um pires e um “xicrinha” à mão, uma ceninha bem
típica, além da perninha cruzada. Eu, por exemplo, estou escrevendo este post com
“pies descalzos” (só pra não perder o hábito de mencionar trechos de
músicas que gosto/conheço –essa é da Shakira), uma perna na chaise distando um metro da outra que
está no chão, uma almofada tentando apoiar a coluna troncha, não fiz escovinha,
não estou maquiada, tampouco com um atraso de vida chamado Salto Alto nos pés,
até porque já mencionei que estou descalça. Nem conto o que estou vestindo....
(kkkkkkkkkkk).
Okay,
esta foi uma. A outra, por favor!!
Na
outra cena que faço questão de criticar é do outro ali (personagem do Leonardo Vieira),
mergulhando no mar com aquela sunga vermelha que me lembra das menções de Hércules
Luz (ou Juninho para os íntimos) se referindo a cuecas da cor em questão, “maior cara de pedreiro” (nada contra, também
sou pedreira e anexo provas, mas uma mulher-pedreira usando calcinha vermelha
tem outra conotação....rsrsrs!!).. Ui.. digo, Afff!! Nem sabe se comportar como
um aculturado que nunca viu o mar. E olha que interessante: eles não VIAJARAM
para o litoral: Eles moram no litoral! O cabra se mostra como se nunca tivesse
ido ao mar. Mergulha de costas como a Amy Lee em “Going under”.
Honestamente?
Eu acho que o/a cabra que é selecionado(a) ou ganha a licitação ou seja o que
for para criar o roteiro no meio novelístico, deveria ser advogado para se ater
à Teoria do Paralelismo conforme explicações
claras de Fabinho em uma de nossas lindas e longas conversas e pela convivência
de meses com Sara e que percebi que os dois são muito detalhistas e que posso
dizer com propriedade: esse povo é tão detalhista quanto eu, mas, claro que é
cada um no seu quadrado! Tenho certeza que os meus detalhes não são os detalhes
deles e assim caminha a humanidade, como já dizia Luluzinho e uma mão vai
lavando a outra... tipo assim: Eu faço a casa do advogado. Se ela cai, é um deles
quem me defende, porque provavelmente se o dono da casa sobreviveu ao baque,
será meu advogado de acusação e terei então dois!! Que massa, né? Um pra
ferrar, outro pra limpar a barra... Entendeu?? Rsrsrs!
Outra
cena: essa foi hilária!!
Voltamos
um pouco lá pra cena um. Está lá o cabra com a xicrinha, coluna ereta e uma
maquiagem simulando olheiras na sala de estar de alguém, preocupado com um
fulaninho que parece que é filho dele e que não vai deixar o filho se entregar
ao crack. Acontece que neste momento, meu amigo, seu filho tá acordando naquele
momento em meio a figurantes crackeados lá na Crackolandia com uma mocinha com
cara de patricinha, cabelinho loiro e chapado (ela também tá chapadona, diga-se
de passagem). O que achei mais engraçado foi que o filho do cabra e a
patricinha chapada acordam com a cara lascada. A moleca parece que levou um
tiro na fronte de tanto sangue “fresco” que já deveria estar seco há muito
tempo por estarem acordando naquela horinha e não vi ninguém metendo a bifa
neles antes. Ela só quer fumar mais uma pedra, mas não tem dinheiro. Até aí,
tudo bem. Eles vão mostrar mesmo como se adquire uma. Vou dar uma dica a eles: “Vai
na caixa de joias da mamãezinha!”. Como não daria tempo procurar meios de pegar
uma pedrinha e ainda estavam na crackolandia, eis que surge num corte de cena a
patricinha com uma BOLSA TÉRMICA DE ÁGUA, passando sobre as feridas do rosto. Agora
me diz: como é que um objeto que a gente só vê mesmo em novela no núcleo dos
chiques e poderosos (porque a gente em casa pega uma garrafa pet de Grapette,
Simba, Jesus, Pitchula com uma ex-água, agora gelo do congelador e o efeito é o
mesmo) e a intenção era mostrar a realidade decadente dos crackers – acho que é um neologismo - (diferente dos Hackers),
aparece numa cena assim do nada. Explodam-se os personagens “noiadão”, a bolsa térmica
roubou a cena, ou alguém a roubou para esta ali . Como mulher, devo julgar que
até poderia sim a páti ter uma bolsa térmica de água, isso SE ela tivesse uma
bolsa a tiracolo, com seu kit de sobrevivência (maquiagem, perfume, calcinha,
absorvente, anti-cc, toalhinha, escova de dente, pente, esmalte e escondida no
fundo a bolsa térmica). Que fosse ainda uma mochila ou nécessaire... mas ela não
tinhaaaa! A produção foi eficiente, o autor não.... Como é que me aparece uma
bolsa térmica numa crackolandia pra moleca colocar sobre as feridas??? Nem era previsível!!!
Se fosse outro cracker, já teria feito troca na feira da gambira....
Bom,
minha mãe desligou a TV porque pretende fazer de seu bolso um ambiente sustentável,
economizando na conta de energia, uma vez que ela (a tv) está falando sozinha na
frente e eu escrevendo asneiras pra vocês! Nem posso mais ver as vidas jogando
pra criticar. Melhor continuar a ouvir a discografia de Sandy e Junior que
baixei ontem. Vou fazer melhor: dormir é
mais interessante! Boa noite a todos e bom FDS...- não é nada disso que você está
pensando, é do fim de semana que eu tô falando (quem canta isso mesmo?)!
Obrigada pela companhia, mas me sinto como a TV.
Falo sozinha. Escrevo sozinha. Pior que isso: quem lê tanta besteira assim?? Deixe
aí. Agora vou.
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